quinta-feira, 29 de maio de 2008

A essência de um roqueiro;

Tímido, poeta e acima de tudo roqueiro, Vinicius pensa e age no ritmo da sua tribo
O Rock e seus roqueiros. Ambos representam uma parcela importante da história da música do século XX. Eles criaram um estilo próprio, que conquistou e conquista pessoas de todas as idades. Filho da união entre um fotógrafo e uma professora, Vinicius Santos de Freitas é um dos que foram cativados pelas letras melódicas e pelo som pesado do Rock. E isso aconteceu muito cedo. “Quando eu tinha uns 9, 10 anos, peguei emprestados alguns Cds e desde então tomei gosto pelo Rock”, relata. De lá pra cá, ele cresceu, e muito. Para um garoto de 15 anos, Vinicius é alto e forte – passa dos 1,80 m. A cor clara da pele também chama a atenção.

Depois que conheceu o Rock, Vinicius passou a viver o estilo. Pouco a pouco foi mudando seu jeito de vestir e se interessando ainda mais por música. “Quando vou para um show, gosto de vestir um sobretudo. Acho legal também usar correntes e crucifixos”, acrescenta. Hoje, é baterista da Primeira Igreja Batista de Brazlândia. Vinicius também está montando uma banda de Rock com alguns amigos. E a música em sua rotina não pára por aí. No colégio onde estuda, o Edusesc, ele faz algumas “apresentações especiais” com amigos músicos em eventos da escola.

Família, amigos e poesia


Em casa, depois da aula, Vinicius alterna bons momentos de sono com barulhentos treinos de bateria. Ele trata suas baquetas, pratos e tambores como parte da família, e diz que seus pais, Vosmar e Ana, e seus dois irmãos mais novos, Giovana e Ítalo, já estão acostumados com a “barulheira”. “Uma coisa também que eu faço, que as pessoas até acham estranho, é colocar um som pesado pra dormir. Para mim é como se fosse música de ninar”, completa.
O amor pela música é enorme, mas Vinicius confessa que não planeja viver disso no futuro. “Gostaria de viver da música, mas tem que ter coragem e sorte pra isso”, diz. Ele quer seguir carreira na área de Comunicação – não sabe se quer Jornalismo ou Publicidade. Mas Vinicius é indeciso. Diz que antes queria ser psicólogo, e desistiu porque achou que seria uma área muito complexa. Nada de estranho para um jovem como ele. Ainda há tempo de sobra para escolher a carreira que quer seguir.


Ele só não se mostra confuso quando o assunto é estilo. Samuel Pinheiro, 21 anos e também músico, elogia o amigo. “Ele tem um estilo mais arrojado. Eu já passei dessa fase de Rock pesado e Heavy Metal, mas ainda curto um pouco”, diz. Gustavo Henrique, 15 anos, que conhece Vinicius desde “quando nasceu”, confessa que também compartilha do estilo. “Gosto de Rock. Ele curte bandas mais antigas, e eu gosto mais dos estilos mais novos”, explica. Mas Vinicius não ouve apenas Rock. Ele também aprecia Jazz e Blues. Talvez isso explique o gosto que ele tem pela poesia.


Vinicius se considera quase como um escritor. Gosta de gastar tempo escrevendo músicas, poemas e textos sobre o nosso país. “Acho mais fácil escrever um livro do que ler um”, afirma sem modéstia e com convicção. E não é de se duvidar. Vinicius, apesar de se considerar tímido, adora falar. “Ele muda de humor constantemente, mas, quando está nos seus melhores dias, ele é agradável”, brinca Amanda, 15 anos, prima do roqueiro.


“Muitas pessoas acham que o rock só passa a idéia de revolta. Não acho essa idéia ruim. Por ela, a gente olha para os problemas e passa a buscar maneiras de resolvê-los”, relata Vinicius, que acha que o Rock é mais que música e roupas escuras. Para ele, a sua identidade está refletida em suas ações e atitudes.







Nenhum comentário: