Apesar da correria cotidiana, é inevitável por um instante não ficar curioso em relação
ao funcionamento do metrô.
O Metrô do DF completa 10 anos de funcionamento com 23 composições (termo técnico para trem) disponíveis. A energia elétrica que move os trens e abastece as estações vem da usina hidrelétrica de Furnas em Minas Gerais. Para levantar algumas questões relativas ao funcionamento do metrô recorremos aos usuários.
“Como deve ser dirigir um trem?”, questionou Gabriel Costa, que passa pelo Metrô quando vai estudar. O trabalho do piloto, apesar da responsabilidade, é tranqüilo. São 130 pilotos que revezam entre a Central e as estações de Samamabaia e Ceilândia Sul. As informações ficaram por aí, por questões de segurança segundo o Chefe do Departamento de Operações, José Soares de Paiva.
A energia usada no Metrô vem da usina hidrelétrica de Furnas, passa pela rede de distribuição e chega até a Subestação Retificadora de Furnas (SRF). Localizada na estação com mesmo nome em Samambaia. Depois, é enviada a CEB, que passa para as estações de Ceilândia Sul, Águas Claras e Central. Nessas estações, a energia é distribuída entre 750vcc (volts de corrente contínua) para o trem, 380vcc para a estação e 220vcc para iluminação. Os volts de corrente continua é a energia que passa por toda a via férrea em uma distribuição possível ao andamento do trem e que não cause maiores acidentes caso aconteça a queda de algum usuário.
A manutenção é terceirizada pela Siemens (sim, a mesma do celular), que por sua vez “quarteiriza” os serviços, mas para fiscalizar essa área o Metrô mantém uma equipe de 50 funcionários especializados.
Quanto aos números, o projeto prevê 29 estações, e até o dia 16 de abril a promessa do governador Arruda é que 22 estejam prontas. São 42 km de via férrea utilizada pelas 23 composições, cada uma com quatro carros (ou vagões), e capacidade para 1,3 mil passageiros. O tempo de vida útil de um trem pode chegar a 40 anos se houver reposição de peças. Mas as peças são importadas da França o que dificulta o processo, por isso já existem dois trens sucateados, segundo Thiago Alves inspetor de estação.
Centro de controle
“Na frente fica alguém controlando?”, perguntou Maria Elinalda, que costuma usar o transporte metroviário quando leva a tia ao hospital. Na sede do Metrô em Águas Claras conhecemos o Centro de Controle Operacional (CCO). A sala lembra muito o centro de controle dos aeroportos. Uma grande tela mostra o espelho da linha, os trechos claros estão em funcionamento e os vermelhos em obra. “A qualquer momento você sabe a localização”, comenta o supervisor da seção Aluísio Coqueiro. O monitoramento é constante, quando o Metrô pára de funcionar, começa a manutenção da via férrea e dos trens. O contato com os funcionários é via rádio. Da mesma sala, é possível controlar o sistema de ventilação dos túneis. À parte, uma porta reserva uma espécie de caixa preta, onde fica gravado tudo que se fala ou digita no CCO e nos trens para possíveis investigações caso seja preciso.
O sistema utilizado é semi-automatizado. Apesar da tecnologia envolvida, ainda é necessária a figura do piloto para guiar o trem. A tecnologia é francesa, da empresa Alston, a mesma que fabricou as composições.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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