quinta-feira, 29 de maio de 2008

A essência de um roqueiro;

Tímido, poeta e acima de tudo roqueiro, Vinicius pensa e age no ritmo da sua tribo
O Rock e seus roqueiros. Ambos representam uma parcela importante da história da música do século XX. Eles criaram um estilo próprio, que conquistou e conquista pessoas de todas as idades. Filho da união entre um fotógrafo e uma professora, Vinicius Santos de Freitas é um dos que foram cativados pelas letras melódicas e pelo som pesado do Rock. E isso aconteceu muito cedo. “Quando eu tinha uns 9, 10 anos, peguei emprestados alguns Cds e desde então tomei gosto pelo Rock”, relata. De lá pra cá, ele cresceu, e muito. Para um garoto de 15 anos, Vinicius é alto e forte – passa dos 1,80 m. A cor clara da pele também chama a atenção.

Depois que conheceu o Rock, Vinicius passou a viver o estilo. Pouco a pouco foi mudando seu jeito de vestir e se interessando ainda mais por música. “Quando vou para um show, gosto de vestir um sobretudo. Acho legal também usar correntes e crucifixos”, acrescenta. Hoje, é baterista da Primeira Igreja Batista de Brazlândia. Vinicius também está montando uma banda de Rock com alguns amigos. E a música em sua rotina não pára por aí. No colégio onde estuda, o Edusesc, ele faz algumas “apresentações especiais” com amigos músicos em eventos da escola.

Família, amigos e poesia


Em casa, depois da aula, Vinicius alterna bons momentos de sono com barulhentos treinos de bateria. Ele trata suas baquetas, pratos e tambores como parte da família, e diz que seus pais, Vosmar e Ana, e seus dois irmãos mais novos, Giovana e Ítalo, já estão acostumados com a “barulheira”. “Uma coisa também que eu faço, que as pessoas até acham estranho, é colocar um som pesado pra dormir. Para mim é como se fosse música de ninar”, completa.
O amor pela música é enorme, mas Vinicius confessa que não planeja viver disso no futuro. “Gostaria de viver da música, mas tem que ter coragem e sorte pra isso”, diz. Ele quer seguir carreira na área de Comunicação – não sabe se quer Jornalismo ou Publicidade. Mas Vinicius é indeciso. Diz que antes queria ser psicólogo, e desistiu porque achou que seria uma área muito complexa. Nada de estranho para um jovem como ele. Ainda há tempo de sobra para escolher a carreira que quer seguir.


Ele só não se mostra confuso quando o assunto é estilo. Samuel Pinheiro, 21 anos e também músico, elogia o amigo. “Ele tem um estilo mais arrojado. Eu já passei dessa fase de Rock pesado e Heavy Metal, mas ainda curto um pouco”, diz. Gustavo Henrique, 15 anos, que conhece Vinicius desde “quando nasceu”, confessa que também compartilha do estilo. “Gosto de Rock. Ele curte bandas mais antigas, e eu gosto mais dos estilos mais novos”, explica. Mas Vinicius não ouve apenas Rock. Ele também aprecia Jazz e Blues. Talvez isso explique o gosto que ele tem pela poesia.


Vinicius se considera quase como um escritor. Gosta de gastar tempo escrevendo músicas, poemas e textos sobre o nosso país. “Acho mais fácil escrever um livro do que ler um”, afirma sem modéstia e com convicção. E não é de se duvidar. Vinicius, apesar de se considerar tímido, adora falar. “Ele muda de humor constantemente, mas, quando está nos seus melhores dias, ele é agradável”, brinca Amanda, 15 anos, prima do roqueiro.


“Muitas pessoas acham que o rock só passa a idéia de revolta. Não acho essa idéia ruim. Por ela, a gente olha para os problemas e passa a buscar maneiras de resolvê-los”, relata Vinicius, que acha que o Rock é mais que música e roupas escuras. Para ele, a sua identidade está refletida em suas ações e atitudes.







quarta-feira, 28 de maio de 2008

Os bloggers são jornalistas?

Blogger, é um serviço que oferece ferramentas para indivíduos publicarem textos na Internet, que seriam os Posts. Estes Posts podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido escritos pela mesma pessoa. Uma pesquisa realizada pela gaúcha Influence, em parceria com a agência Textual, do Rio de Janeiro e São Paulo, apontou que 82% dos jornalistas entrevistados utilizam Blogs como fonte de pesquisa para suas matérias e reportagens.


Com o avanço da rede de internet todas as pessoas ganharam certo “acesso livre” a todos os tipos de informações possíveis. E não bastando ganharam espaço para opinar, informar, analisar, comentar ou criticar sobre os mais diversos temas. Há mais de cinco anos, o mundo descobriu a blogosfera, o mundo dos Blogs. E segunda a BBC: nasce um Blog novo a cada segundo.


Mas ao acessar um blog-notícia você irá ler o assunto muito por cima, e o blogueiro escreve como se estivesse dando uma notícia em primeira mão. O que não é verdade, porque esta mesma notícia está em vários outros sites jornalísticos ou até mesmo em outros Blogs. É realmente obvio que o blogueiro não apurou nada, não entrevistou ninguém, não correu atrás de nenhuma informação, apenas copiou.


Jornalistas conceituados não são acostumados a ter respostas, a ser contestados com fatos na mesma hora em que publicam uma matéria. Os Blogs oferecem essa resposta instantânea com seus comentários. Nos comentários os leitores criticam, mostram erros e ainda deixam links de outros para comprovar o que dizem.


Outra preocupação de um jornalista é ser imparcial, de não demonstrar sua opinião sobre determinado assunto. Já os Blogs são formadores de opinião aonde o autor possui a total liberdade de discorrer sobre determinado assunto sendo totalmente parcial.


Os Bloggers não são jornalistas. Mas pode haver jornalismo nos Bloggers, um jornalismo sobre o próprio jornalismo. Os Bloggers são um espaço para expressão, um espaço para as pessoas exercerem uma capacidade opinativa. È um fenômeno tão novo que não tem como diferenciarmos se é uma tendência ou uma moda.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A simplicidade faz o humano

Acabara de sair de uma aula sobre pós-modernismo e suas filosofias cheias de complexidade e aprofundamento intelectual. Aliás, o tempo da aula foi destinado a apresentações de trabalhos pelos estudantes acerca do tema; o ritual avaliativo de praxe, nada de muito novo. Novidade foi ter saído da aula antes das onze e meia. Não perdi o ônibus por pouco, pouco mesmo: ele surgiu do nada, uma aparição inesperada e agradável.


Depois de alguns minutos de viagem, entram duas senhoras de meia idade. Uma de blusa verde, cabelos brancos, sustentados e repuxados por presilhas e pelo coque muito bem amarrado. A outra parecia mais nova, cabelo castanho escuro, até o queixo, e auxiliado por apenas uma presilha frontal. A senhora de verde levava um guarda-chuva enorme, em pleno dia de sol, e carregava uma pequena sacola de plástico. Sua amiga levava uma embalagem semelhante. Dentro, um salgado e um suco de frutas de caixinha. E lá estavam elas, sentadas num par daqueles bancos altos do ônibus, comendo e falando à toa.


Nada mais cotidiano do que isso. Pegar um ônibus, fazer uma boquinha no ônibus, fofocar no ônibus. Nada mais depreciado do que isso. O que buscamos é sempre o complexo, o profundo, o intrincado. O intangível nos atrai, nos reveste de um ar filosófico de elevação e intelectualidade. Uma pena a simplicidade ser a última das virtudes por nós buscada. Ela nada requer, nada pede em retribuição. É o que nos faz humanos em sua mais simplória essência. Simplicidade é igualdade. Hum, agora entendo. Por isso a nossa indiferença a ela.


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Violência assola estradas da capital

O trânsito no DF passa por um momento de fragilidade e preocupação
Dados mostram que a maioria das vítimas de acidentes são jovens entre 18 e 29 anos

No Brasil, onde mais de 35000 pessoas morrem por acidentes de trânsito por ano, a negligência e a irresponsabilidade de motoristas e pedestres contribuem para que o país tenha alarmantes índices de violência no trânsito – de 2002 a 2005, houve um crescimento de 9% no número de mortes. Brasília era exemplo para outros estados no que se diz respeito à organização no trânsito. Hoje, porém, o quadro é um pouco diferente. As estatísticas de incidentes no trânsito aumentaram, e a cidade caminha na mesma direção de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras grandes capitais: centro e regiões metropolitanas saturadas de veículos, problemas na organização de vias e rodovias urbanas e crescimento da mortalidade no trânsito.


Perigo diário

Rafael Fidelis de Jesus Ramalho voltava de Taguatinga para Brazlândia, cidade onde vive, por volta de duas horas da madrugada. Ele foi encontrar-se com sua namorada e confessa que acabou bebendo. Mesmo tarde da noite e um pouco embriagado, decidiu pegar o carro. Quando dirigia de volta para casa, dormiu ao volante e perdeu a direção da pista. O automóvel, um Marea, capotou e Rafael foi arremessado para fora do veículo. Ele conta que caiu desacordado, e não percebeu o que havia acontecido. Só se deu conta do ocorrido quando acordou, no matagal. “O carro ficou acabado. Deu perda total”, conta Rafael, 23 anos, professor de Educação Física. “Se tivesse ficado com minha namorada, isso não teria ocorrido”, completa. Ele não teve ferimentos graves, mas reconhece que foi negligente ao dirigir alcoolizado naquele horário. Rafael por pouco não entrou para as estatísticas de mortes no trânsito por um simples ato de irresponsabilidade.

Marco Túlio do Amaral, 44 anos, servidor público, também passou por uma situação de alto risco no trânsito do DF. Ele estava no banco de trás de seu automóvel, acompanhado de seu irmão, Estevão, que estava no assento do carona, e por seu filho, Vitor Rafael, de 21 anos. Vitor dirigia o Chevrolet Omega na pista de expansão do Setor “O”, Ceilândia. Quando o carro estava perto de uma passarela, um Corsa branco mudou repentinamente de pista e capotou. Uma passageira, que estava no banco do carona, foi lançada para fora do veículo e passou na frente do Omega conduzido por Vitor. Por pouco o acidente não foi ainda mais grave. O motorista do Corsa dirigia alcoolizado e em alta velocidade. Além do condutor e da passageira, havia ainda uma outra pessoa no carro. Os três ficaram gravemente feridos.

Túlio, que utiliza frequentemente as estradas do DF, acha que o principal problema do trânsito brasiliense é a desobediência das leis. “O problema também é o grande número de carros. A cidade não foi projetada para agüentar um trânsito tão cheio assim”, completa. Segundo dados divulgados pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em maio deste ano, as principais causas de morte no trânsito estão relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, excesso de velocidade, não uso de equipamentos de segurança, como capacete e cinto de segurança, além da má condição das rodovias e vias públicas. O relatório da agência ainda destaca que, mesmo com a mudança do Código de Trânsito, promovida em 1998, os índices de violência não retrocederam.

Medidas preventivas

Como resposta ao aumento do número de acidentes e casos de violência no trânsito, o DETRAN lançou, no fim do mês passado, um pacote de medidas para melhorar a segurança nas estradas da capital. Além do aumento do efetivo policial na fiscalização, o governo promete mais severidade quanto à venda de bebidas alcoólicas em determinados locais e horários, e modernização da fiscalização e do monitoramento de veículos – uso de novos acessórios e aparelhos para agilizar o processo de punição e identificação de infratores. Porém, o principal foco, tanto de entidades governamentais quanto das campanhas pela paz nas estradas, tem sido a conscientização de motoristas e pedestres.

“O Código de Trânsito é bom. Falta observação às leis de trânsito, por isso o DETRAN tem se preocupado com mobilizações educativas”, afirma Miguel Ramirez, diretor do da DIVEDUC (Divisão de Educação do DETRAN-DF). Segundo ele, o departamento de trânsito tem elaborado uma série de campanhas educativas, recomendando aos motoristas dirigir de forma preventiva e aos pedestres observar a sinalização das vias. “Temos feito anúncios mais impactantes, de forma a alertar as pessoas sobre os riscos e conseqüências da imprudência no trânsito”, ressalta. Para ele, o trabalho da fiscalização também tem sido importante. “O CPRV (Companhia de Policiamento Rodoviário) tem feito um bom trabalho nas rodovias, apesar da dificuldade em fiscalizar grandes extensões de pista”, ressalta.

Educação para o Trânsito na escola

Lucimary Barbosa da Rocha Ramos, pedagoga, acredita que os movimentos e campanhas pela segurança devem ter como prioridade a valorização da vida. “Quando há respeito pela vida humana, há obediência às leis”, comenta. Ela ainda defende que a educação no trânsito seja um tema obrigatório nas escolas. “A educação no trânsito entraria como um tema transversal, junto com Ética e Sexualidade, em todas as disciplinas”, completa.


O Código de Trânsito brasileiro possui um capítulo dedicado somente ao tema. Em seu artigo de número 76, está escrito que “a educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus...”. Em 2001, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) estabeleceu parâmetros para a implantação da educação no trânsito como tema transversal nas turmas de ensino médio. Porém, por causa do caráter opcional desta resolução, o tema não foi levado adiante. “A Secretaria de Educação tem alertado de forma indireta para a importância de se trabalhar este tema nas escolas. Porém, a inclusão como assunto obrigatório ainda é um sonho”, completa Lucimary. Para ela, o governo e as entidades responsáveis pela segurança e organização do trânsito precisam fornecer apoio técnico e estrutural às escolas.





domingo, 18 de maio de 2008

Os meus dias;


Tem dia que eu tô bem, tem dia que eu tô mal.

Tem dia na minha vida, que tá tudo tão normal.

Tem dias que componho, outros nem escrevo.

Tem dia na minha vida, que eu falo e nem percebo...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Jovens evangelizando jovens

Com a debandada de jovens para o protestantismo, a igreja católica também mostra suas armas.
Brasil: o maior país católico do mundo. Porém, a religião cristã vem perdendo muitos fiéis de um tempo pra cá. E isso se dá graças a debandada de jovens que não se sentem atraídos e vão à procura de algo mais interessante em outras igrejas ou templos. Mas nem tudo é marasmo na igreja católica. Atentos à palavra de João Paulo II, que dizia que o futuro do catolicismo são os jovens, os membros do Grupo de Animação Missionária – GAM – pensaram e utilizam formas mais didáticas aos adolescentes para fazerem seu papel maior na terra, Evangelizar jovens. Mas como é isso?

O grupo jovem de Taguatinga já está nessa caminhada há 12 anos e todo ano ocorre um encontro pra jovens que é freqüentado por, no mínimo, 60 jovens que na maioria das vezes não tem nenhum contato com a igreja.

- O nosso objetivo nesses encontros é apresentar a religião católica ao jovem e mostrar que também se pode trabalhar para ela de uma forma jovem e alegre. Diz Gustavo Cavalcanti, integrante do grupo a pouco mais de três anos.

Como é um grupo grande, são criados segmentos para que essa tarefa de disseminar a Palavra de Deus seja feita com mais precisão e perfeição. Um desses segmentos é a equipe de teatro, por eles chamada de Acolhida. É a equipe mais visada nos encontros, e a que os jovens costumam gostar mais. Ela não se limita a fazer apresentações nos encontros do grupo ou na paróquia Cristo Redentor, paróquia do grupo. A equipe de Acolhida faz peças para outros grupos e outras paróquias. E para provar que o único intuito é evangelizar jovens, as peças são gratuitas.

- Não estamos aqui para ficarmos ricos ou para ganhar dinheiro em cima da palavra de Deus. Queremos mesmo é resgatar jovens que caem na vida da perdição e mostrar que o outro caminho a ser seguido, o caminho de Deus, é melhor. É a opinião de Anderson, integrante do grupo há quase dois anos.

Composto por Anderson Yotsumoto, Ciro Souza, Carolina Cavalcanti, Elaine Costa, Gustavo Cavalcanti, Hugo Rafael, João Paulo, Nara Neri, Tiago Freitas, Thiago Leite, Suzana Castro e Zuleika Oliveira, o grupo já vem colhendo os frutos do sucesso. Depois de apresentarem mais de vinte peças este ano, o grupo deu uma entrevista à rádio Maria onde expôs a fórmula que vem dando certo em seus trabalhos. Para Suzana o que atrai mais os jovens é a amizade.


quarta-feira, 14 de maio de 2008

Casas ou árvores?


“Brasília, uma cidade de negócios e oportunidades para todos”. É isso que as pessoas menos informadas das outras cidades e estados pensam da capital brasileira. Então, visando maiores oportunidades de emprego e expandir suas contas bancárias, vários emigrantes chegam à Brasília. Porém, a maioria destes vêem sem nenhum tipo de moradia já certa e encontram em áreas de preservação ambiental seu local para morar. Isso aconteceu desordenadamente nas últimas três décadas, fazendo com que a ocupação de locais irregulares fosse cada vez maior e causando danos irreparáveis às áreas ambientais do Planalto Central.


Um dos locais que logo foi ocupado e hoje é totalmente urbanizado é a Colônia Agrícola Vicente Pires. O que atualmente já é considerada uma cidade até hoje não tem casas e condomínios regularizados. São aproximadamente 17 mil famílias que vivem irregulares no local. O pior é que o crescimento de famílias foi desenfreado, e prejudicou a nascente e o córrego que trafegam na cidade. Sem contar no desmatamento que foi feito para que a cidade fosse iniciada e no uso ilegal, irrestrito e imprudente da água ali localizada.


Outro caso, contudo mais recente é a ocupação da Bacia do São Bartolomeu. Outra área ambiental que foi habitada desordenadamente e pode até comprometer o abastecimento de água do Distrito Federal. Isso porque já são mais de dez mil hectares ocupados irregularmente. Um estudo da Universidade Católica de Brasília (UCB) acusa que 80% dessas ocupações estão em locais onde não deveria haver habitações.


Problemas ambientais como estes são quase impossíveis de serem solucionados. Não há como replantar tais árvores derrubadas e nem como repurificar a água tal como era antes. Pode-se fazer um tratamento com a água, e plantar novas arvores em um novo local, mas mais que isso: Deve-se reeducar a população e conscientizar que árvores, plantas, águas, animais, assim como nós, também precisam de local para viver.

terça-feira, 13 de maio de 2008

The Transformers


Duas façcões de robôs gigantes, os Autobots e Decepticons lutaram até arrasar seu planeta, Cybertron. Os sobreviventes vagam pelo universos atrás do AllSpark, o objeto que dá vida á seres inanimados e cria mundos. No século XVIII, o líder Decepticon, Megatron, descobre que a Terra contém o AllSpark, mas aterrissa no oceano Ártico e acaba congelado. Após ser encontrado pelo capitão Archibald Witwicky, Megatron usa suas últimas energias para gravar um mapa para o AllSpark nos óculos do explorador e contactar Cybertron. Megatron fora levado para debaixo da represa Hoover onde fora usado para o desenvolvimento de tecnologias como o microchip por meio de engenharia reversa.


Três séculos depois em 2007, o descendente de Archibald, Sam Witwicky, compra seu primeiro carro, um Chevrolet Camaro - mas após sofrer o ataque do Decepticon Barricade, o carro revela ser um Autobots designado para proteger Sam, Bumblebee. Ao mesmo tempo, os outros Autobots chegam á Terra junto com seu líder Optimus Prime, e os Decepticons decidem resgatar Megatron e o despertam de seu coma. Segue uma luta na cidade para decidir quem fica com o AllSpark. Ao fim da batalha, o AllSpark, também chamado de “Cubo” no filme, é desctruído por Sam quem o pressiona sobre o peito de Megatron matando-o.


Dirigido por Michael Bay, Transformers não só veio para atingir crianças ou adolescentes, mas também teve como público alvo o espectador adulto. Como isso? O filme pretendeu, e conseguiu, explorar o lado criança que existe em cada adulto. Um efeito nostálgico que aguçou no espectador à vontade de voltar à adolescência e escolher de novo seu primeiro carro. Muitas pessoas após assistirem o filme apelidaram seus carros com nomes usados no filme – o meu, por exemplo, é o Optimus Prime. Outro fator que ajudou nessa volta à adolescência foi a do filme ser baseado em um desenho que foi sucesso nos anos 80. Desenho este de mesmo nome, porém sem tantas evoluções.


E não é só isso. Os efeitos especiais do filme são fabulosos. Carros, aviões e caminhões se transformando em robôs na sua frente parecendo realidade. Nada parecido com o amadorismo de Power Rangers. Mas com o orçamento de US$ 147 milhões, não tiveram outra escolha, ou faz perfeito ou muda a estratégia.


Um filme com ação do início ao fim, animações e transformações impossíveis de se acontecer, mas apresentado para um público que respira tecnologia teria como fazer mais sucesso? Ao meu ver não. Talvez porque Transformers tenha saído dos filmes de ações corriqueiros, ou porque tentou atingir um público alvo que só existe em raras ocasiões: O menino que existe em cada adulto.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Você ainda quer essa vida??

Contam os alfarrábios que quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele 'privilégio' iria ficar restrito a um grupo muito pequeno de pessoas. Mas neste pequeno grupo, onde todos se acham 'semideuses', já havia aquele que
iria trair as determinações divinas. Aí aconteceu o pior! Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:

1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.

2º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.

3º) Estarás condenado ao eterno cansaço físico e mental.

4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se fores como a maioria, terás úlcera,

pressão alta, princípios de enfarte, estresse e depressão. E, perto de se

aposentar, terás câncer.

5º) A pressa será tua sombra e tuas refeições principais serão o lanche da

padaria da esquina, a pizza do pescoção ou uma coxinha comprada no buteco

mais próximo do local onde realizarás as reportagens.

6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo; se te sobrarem cabelos.

7º) Tua sanidade mental será posta em xeque antes de completares cinco anos

de trabalho.

8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de

melhoria e não receberás elogios de seus superiores e leitores. Porém, as

cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.

9º) Trabalho será teu assunto preferido; talvez o único.

10º) A máquina de café será tua melhor colega de trabalho; a cafeína, porém,

não fará mais efeito.

11º) Os butecos que ficam abertos de madrugada serão tua única diversão e

somente neles poderás encontrar malucos iguais a ti.

12º) Terás pesadelos freqüentes com horários de fechamento, palavras

escritas erradas, reclamações de leitores, matérias intermináveis,

processos, gritos ao telefone... E, não raro, isso acontecerá durante o

período de férias.

13º) Tuas olheiras e mau humor serão teus troféus de guerra.

14º) Por mais que sejas um profissional ético, serás visto na rua como um

canalha.

15º) E, apesar de tudo isso, haverá uma legião de "focas" querendo ocupar o

seu lugar.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Como Funciona o trêm?

Apesar da correria cotidiana, é inevitável por um instante não ficar curioso em relação
ao funcionamento do metrô.

O Metrô do DF completa 10 anos de funcionamento com 23 composições (termo técnico para trem) disponíveis. A energia elétrica que move os trens e abastece as estações vem da usina hidrelétrica de Furnas em Minas Gerais. Para levantar algumas questões relativas ao funcionamento do metrô recorremos aos usuários.
“Como deve ser dirigir um trem?”, questionou Gabriel Costa, que passa pelo Metrô quando vai estudar. O trabalho do piloto, apesar da responsabilidade, é tranqüilo. São 130 pilotos que revezam entre a Central e as estações de Samamabaia e Ceilândia Sul. As informações ficaram por aí, por questões de segurança segundo o Chefe do Departamento de Operações, José Soares de Paiva.
A energia usada no Metrô vem da usina hidrelétrica de Furnas, passa pela rede de distribuição e chega até a Subestação Retificadora de Furnas (SRF). Localizada na estação com mesmo nome em Samambaia. Depois, é enviada a CEB, que passa para as estações de Ceilândia Sul, Águas Claras e Central. Nessas estações, a energia é distribuída entre 750vcc (volts de corrente contínua) para o trem, 380vcc para a estação e 220vcc para iluminação. Os volts de corrente continua é a energia que passa por toda a via férrea em uma distribuição possível ao andamento do trem e que não cause maiores acidentes caso aconteça a queda de algum usuário.
A manutenção é terceirizada pela Siemens (sim, a mesma do celular), que por sua vez “quarteiriza” os serviços, mas para fiscalizar essa área o Metrô mantém uma equipe de 50 funcionários especializados.
Quanto aos números, o projeto prevê 29 estações, e até o dia 16 de abril a promessa do governador Arruda é que 22 estejam prontas. São 42 km de via férrea utilizada pelas 23 composições, cada uma com quatro carros (ou vagões), e capacidade para 1,3 mil passageiros. O tempo de vida útil de um trem pode chegar a 40 anos se houver reposição de peças. Mas as peças são importadas da França o que dificulta o processo, por isso já existem dois trens sucateados, segundo Thiago Alves inspetor de estação.

Centro de controle


“Na frente fica alguém controlando?”, perguntou Maria Elinalda, que costuma usar o transporte metroviário quando leva a tia ao hospital. Na sede do Metrô em Águas Claras conhecemos o Centro de Controle Operacional (CCO). A sala lembra muito o centro de controle dos aeroportos. Uma grande tela mostra o espelho da linha, os trechos claros estão em funcionamento e os vermelhos em obra. “A qualquer momento você sabe a localização”, comenta o supervisor da seção Aluísio Coqueiro. O monitoramento é constante, quando o Metrô pára de funcionar, começa a manutenção da via férrea e dos trens. O contato com os funcionários é via rádio. Da mesma sala, é possível controlar o sistema de ventilação dos túneis. À parte, uma porta reserva uma espécie de caixa preta, onde fica gravado tudo que se fala ou digita no CCO e nos trens para possíveis investigações caso seja preciso.
O sistema utilizado é semi-automatizado. Apesar da tecnologia envolvida, ainda é necessária a figura do piloto para guiar o trem. A tecnologia é francesa, da empresa Alston, a mesma que fabricou as composições.