domingo, 5 de outubro de 2008

CDs x Internet


Vivemos num tempo em que os CDs de músicas já não precisam existir fisicamente. Por mais que a indústria fonográfica insista em ameaçar internautas por não poder baixar arquivos mp3 pela Internet, o fato é que a tendência é irreversível. Querer conter a troca de arquivos na rede é algo muito longe de ter um fim.

Cada vez mais as pessoas preferem comprar músicas pelo computador e pelo celular ou ainda baixar a música na internet. Um grande problema é que muitos internautas não conseguem notar a diferença entre baixar uma música legal ou ilegal, já que não há a menor distinção entre o conteúdo. A venda de músicas pela internet representa 15% da indústria fonográfica mundial. Em 2007, movimentou US$ 2,9 bilhões, sendo 40% mais do que no ano anterior. Os hits de Avril Lavigne foram os mais procurados para baixar. Logo atrás veio a cantora Rihanna, com a música Umbrella.
Mas a venda de músicas pela internet claramente não compensa a grande queda na venda de CDs, por entrar um terceiro elemento na disputa: a pirataria. No Brasil, hoje, estima-se que 55% dos CDs vendidos. Essa perda ultrapassa R$ 600 milhões por ano. É claro que as gravadoras e muitos músicos não ficam satisfeitos em ver suas obras serem distribuídas gratuitamente pela internet ou vendidas sem nenhum valor. Por outro lado, o acesso rápido e fácil de músicas no mundo inteiro facilitou a divulgação de bandas independentes, deixando assim a ligação entre empresários e bandas mais distante. Os hits mais tocados nos dias de hoje são conhecidos por meio de arquivos MP3, blogs e listas de discussão na internet.

Tentando manter o mesmo faturamento na venda de CDs, adicionou ao CD os DVDs. Depois, as gravadoras investiram num grande número de coletâneas, discos ao vivo e acústicos. Mas nada disso pareceu adiantar. Há quem diga que lojas especializadas na venda de CDs estão para fechar, a facilidade na compra desse produto é cada dia maior pela praticidade que a internet possibilita. Além de ser mais fácil encontrar inúmeros álbuns que dificilmente se encontra em lojas.

Diante disso, as gravadoras tentam cada vez mais se aliar ao mundo digital. Anunciaram um novo formato de distribuição de música digital, o SlotMusic. Trata-se de um cartão de 1GB que contém músicas em MP3 para transferir de iPods para celulares. Na tentativa de convencer os consumidores a comprar o cartão em vez de baixar músicas, as gravadoras vão incluir extras, como a capa do CD, vídeos e outros. Além das músicas terem alta qualidade.

Cantores, bandas e compositores criaram consciência de que não podem mais depender da venda de CDs para sobreviver. Mas acontece que a principal fonte de renda desse ramo sempre veio dos shows realizados, e isso certamente não mudará nestes tempos em que as músicas circulam livremente por computadores, iPods e celulares.

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