segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um rápido aprendizado

A experiência de Sérgio de Sá ficou visível em uma entrevista pra estudantes de jornalismo da Universidade Católica de Brasília, nessa última segunda-feira do dia 10 de novembro. Sérgio de Sá além de jornalista e doutor em Estudos Literários pela UFMG é colunista literário do jornal Correio Braziliense e professor na Universidade Católica de Brasília. Em um bate papo descontraído com os estudantes, o jornalista opinou sobre como anda o Jornalismo Cultural nos dias de hoje. “Vivemos momentos melhores. O espaço diminuiu, ficou superficial. Hoje temos mais entretenimento do que arte. E só jornalistas escrevem crônicas e críticas.” , diz em relação aos jornais impressos.

O jornalista que está a oito anos trabalhando na área de cultura, descreveu como é difícil entrevistar alguém que você criticou anteriormente. E alertou aos estudantes para nunca confundir repórter e crítico, onde há uma grande diferença. “ Para você criticar tem que ter o mínimo de conhecimento sobre o assunto”, garante Sérgio. Quando questionado sobre internet e blogs, o jornalista não hesitou em dizer que algumas revistas de cinema na internet fazem mais sucesso do que nos jornais impressos. “Os espaços culturais mudaram muito, migraram dos impressos. Hoje os jornais não estão mais sozinhos. Temos os blogs, que são feitos de opinião e se espalham como um vírus.” Mas destaca que a internet é uma aliada dos impressos. É uma grande troca de informações.

“ Não há valorização de cultura dentro de uma redação de jornal. No entanto, temos que agradar do público que gosta de música erudita ao axé.”, observa o jornalista que passou três anos como editor de cultura do Correio Braziliense. Para terminar o rápido bate papo, Sérgio deixa marcada sua opinião: “ O jornalismo está aí para interferir no que o público consome da imprensa ou para analisar o que as pessoas mais gostam.”

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